sexta-feira, 5 de março de 2010

Um lugar chamado Vala Comum

Contam que nos confins do mundo, lá onde a luz do sol não chega e onde os conceitos morais e éticos não alcançam, são atirados nossos detritos. É lá que tudo o que consideramos que não presta vai parar. É lá que encontra-se aquilo de mais sujo.
Mas existe uma curiosidade sobre este lugar: todas as atenções são voltadas a ele. Diariamente em nossas residências recebemos boletins informativos sobre a expulsão de pessoas da nossa sociedade que vão parar naquele lá, no lugar chamado Vala Comum.
Recebemos tantas informações que muitas vezes nos perguntamos se não seria mais fácil juntar todas as pessoas e jogá-las no lugar de onde jamais voltariam, e é o que fazemos.
A Vala Comum tem líderes e quanto mais gente jogamos lá, mais atenção eles recebem. Muitas vezes em nossa ânsia por justiça, que de fato é legítima, acabamos não percebendo que o problema não são as pessoas, mas sim, o sistema em que vivemos, em que atuamos.
Precisamos mudar a maneira derrotista com que enxergamos a sociedade e perceber nossos potenciais, perceber as mudanças que somos capazes de proporcionar.
Assim podemos perceber que nem todos políticos são corruptos, que existem programas sociais que, ao contrário do que panfleteiam alguns, contribuem muito para a população e o fortalecimento do país, como o Bolsa Família e o ProUni. Debatendo idéias, propostas e não pessoas. Punindo quem deve ser punido e respeitando quem deve ser respeitado.

Um comentário:

  1. Isso acontece Tiago porque somos muitas vezes omissos aos problemas alheios!
    Minha vida, meu trabalho, minha família, minha posição social serve, mas os outros...ahhh que se virem!
    Não quer dizer que não saibamos dos problemas, e sim que não queremos saber deles então acabam todos na Vala Comum!
    Como mudar essa cruel realidade? Mudando nossa forma de pensar já é um passo, nos colocando no lugar das pessoas antes de julgá-las também, mas que essa mudança não seja apenas por aparência, mas sim por consciência, certo?

    Reflexivo e intenso como sempre!

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