sábado, 28 de março de 2009

Agressividade nas escolas

Retiro a matéria abaixo do www.jornalnh.com.br

É cada vez mais frágil a relação Aluno X Professor
Episódios dos últimos dias, envolvendo estudantes e mestres, acendem o sinal de alerta.

Novo Hamburgo - Nos últimos dias, dois episódios demonstraram a fragilidade da relação entre alunos e professores e acenderam o sinal de alerta para atitudes desmedidas. No dia 9, em Caxias do Sul, uma professora colou fita adesiva na boca de uma criança de 5 anos. No dia 23, em Porto Alegre, uma aluna de 15 anos agrediu uma professora que foi parar no hospital com traumatismo craniano. Episódios com essa gravidade ainda não chegaram à região, mas causam desconforto a quem preza pelo relacionamento de admiração e respeito mútuo da época em que professor era chamado de mestre.

"Quando comecei a lecionar, na hora em que entrava na sala de aula, os alunos diziam em coro ‘bom dia, professora’. Hoje, tenho que gritar para que me vejam", desabafa a professora hamburguense Shirley Fleck, 67 anos, 50 deles dedicados ao magistério.

Tatiana Koch, 35, professora da rede pública, também avalia que o relacionamento entre educadores e alunos mudou bastante nos últimos anos. "Tudo devido à falta de participação da família. Hoje nós temos dois papéis: o de família e de educadores", avalia

Especialistas apontam diversos fatores para as mudanças de comportamento em sala de aula. Em comum, mencionam a falta de estrutura familiar e o pouco envolvimento dos pais no processo educativo. "Só com diálogo será possível definir regras e limites. É o que os adolescentes precisam.

Com a palavra, os especialistas
Para entender o que mudou ao longo dos anos na relação aluno-professor e buscar alternativas para conter o avanço da violência em sala de aula, o Jornal NH ouviu educadores, especialistas e entidades do setor

Viviane Cruz, psicopedagoga
"A educação do aluno deve ser compartilhada entre pais, educadores e direção da escola." A constatação é da psicopedagoga Viviane Cruz, explicando que é preciso determinar direitos, deveres e limites, tanto aos pais quanto aos alunos. Segundo Viviane, a violência é, na maioria das vezes, reflexo da realidade na qual o estudante vive. "O aluno passa apenas poucas horas do seu dia na escola, o resto do tempo na rua, em um ambiente bem mais liberal. São duas realidades muito diferentes e a agressividade aflora se não for colocado um limite." Ela explica que muitos professores acabam assumindo responsabilidades que são dos pais, como ensinar o aluno a viver sem uma estrutura familiar ou dar conta da agressividade e da dificuldade de aprendizado, deixando de lado sua função primordial, a de ensinar. "Se o aluno vai para a sala de aula com a expectativa de aprender e isso não acontece, inicia-se uma relação de falta de respeito", explica

Paulo Dapper, Cpers/Sindicato
O presidente do núcleo regional do Cpers/Sindicato, Paulo Renato Dapper, diz que a violência escolar já chegou à região. "Infelizmente, não estamos imunes e a situação é preocupante. Diariamente recebo relatos de agressão verbal, ameaças e até princípios de violência física", revela. Segundo ele, algumas escolas da região têm déficit de professores, pois eles não querem trabalhar em determinados lugares. "O professor não é uma autoridade policial e muitas vezes fica refém dos próprios alunos", lamenta

Tiago Morbach, UNE
Para o presidente da União dos Estudantes de Novo Hamburgo (UNE/NH), Tiago Morbach, o estopim para a agressividade de alunos em sala de aula é, na maioria das vezes, por um conflito de interesses. "A repressão é enraizada na nossa sociedade, onde os estudantes são reprimidos em suas manifestações e organizações. Não queremos ficar em um ambiente sentado, só ouvindo o professor, queremos nos sentir integrantes do processo educacional", reivindica

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Pude dar minha entrevista ao jornal, e em sua reportagem completa, podemos perceber outras opiniões, muitas vezes conflitantes.
O fato que a escola não é um ambiente acolhedor e aberto à ccomunidade.
Outra hora, com mais tempo e reunindo mais argumentos, escrevo minha opinião.

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