quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Manuela responde às críticas conservadoras sobre o Vale-Cultura


Em discurso no Plenário da Câmara, nesta terça-feira,20, a deputada Manuela d'Ávila comentou a reação de setores conservadores que criticam o Vale-Cultura. Para a deputada, "felizmente estas poucas vozes não encontraram eco. Foram apenas gritos desesperados contra a democratização da cultura".


Leia o discurso


Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, esta Casa deu uma imensa contribuição à cultura de nosso país com a aprovação do Vale-Cultura. E não só aprovamos, como melhoramos a proposta incluindo os servidores públicos, estagiários e os aposentados.

Mas apesar do avanço da proposta, ainda estamos assistindo esparsas reações de setores conservadores, que tem se incomodado com os efeitos que o Vale-Cultura trarão para o consumo cultural em nosso país.

O Vale irá beneficiar 14 milhões de brasileiros que terão acesso a livros, cd's e aos teatros, cinemas e museus. Hoje só um em cada seis brasileiros compra livros; um em cada cinco já foi ao teatro; um em cada oito foi ao cinema; museu, então, nem se fala: só um em cada 20 brasileiros.

Além disso, artistas e outros agentes culturais também serão beneficiados com os recursos que serão injetados todo ano nesse mercado.
É uma mudança de paradigma que irá acompanhar as outras políticas de inclusão social.

Mas senhor presidente, a reação destes pequenos setores que se armaram contra o projeto é alimentada por argumentos que não estão no projeto e carregados de um preconceito intolerável.

Alguns levantaram a possibilidade de "dirigismo cultural". Eu me pergunto onde é possível que a distribuição deste benefício possa ser entendida como dirigismo?
Onde no texto aprovado por esta Casa com os votos do governo e da oposição existe uma brecha que deixe o Estado como tutor ou estimule esta ou aquela visão?

Outra reação que foi verbalizada por alguns colunistas chegam a assustar até mesmo os mais conservadores. Apelidos como Bolsa-Circo ou Vale-Pinga, foram cunhados por estes colunistas baseados no argumento de que apenas o sul e o sudeste tem aparelhos culturais. Que o restante do país não dispõe de cultura ser consumida pelos trabalhadores.
É um preconceito inaceitável contra milhões de brasileiros que produzem cultura em todas as regiões do país.

Felizmente estas poucas vozes não encontraram eco. Foram apenas gritos desesperados contra a democratização da cultura. Esta Casa já assistiu outras reações baseadas na mesma lógica contra uma lei aprovada aqui, foi há mais de cem anos quando a princesa Isabel decidiu acabar com a escravidão.

São as mesmas vozes, com argumentos similares, que tentam desesperadamente lutar contra o avanço e o combate à desigualdade.
Por fim, registro aqui que apesar destas vozes isoladas, a cultura e o Brasil estão avançando.
Muito obrigada.


Retirado de www.manuela.org.br

Um comentário:

  1. O que é necessário é a renovação da política, os dinossauros que lá estão deveriam todos se retirar. Infelizmente ainda ganham votos por uma cesta básica.

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