terça-feira, 21 de julho de 2009

Demorou, mas finalmente acabei.

Muito boa essa série, a seguir alguns spoilers (OBS: para eu postar algo assim aqui, é porque eu gostei mesmo da série)

Sobrenatural:

O criador de Supernatural, Eric Kripke, faz muitas revelações com a volta do programa de terror para a 5ª temporada. No final surpreendente da última temporada, um Sam irado e viciado em sangue de demônio – para seu próprio terror – foi responsável por libertar Lúcifer de seu encarceramento no inferno. Nessa entrevista exclusiva, Kripke conta ao TV Guide Magazine o significado do retorno de Lúcifer e qual o papel desempenhado por Sam e seu irmão mais velho, Dean, para salvar o mundo.

TV Guide: Foi um final bem aterrorizante. É interessante o modo como você descreve o Apocalipse em ambos os lados. Você tem problemas com religiosos enraivecidos?

Kripke: (Risos) Na verdade, não. Pra falar a verdade, algumas vezes nós ficamos surpresos que alguns religiosos não se importam muito com o jeito como representamos os anjos. Mas – nós sempre mantivemos a idéia que, apesar destes anjos em particular serem a parte burocrática do céu, existem forças maiores e mais benevolentes no Universo. Mas nós temos um show antropocêntrico. Nossa intenção é que os humanos, sempre – mesmo com tantas imperfeições, sejam os heróis e que o resto esteja apenas tentando causar problemas a eles.

TV Guide: Falemos sobre a 5ª temporada. A gente pode pensar que a batalha entre os anjos e Lúcifer e seus subordinados – com Sam e Dean no fogo-cruzado – é a linha dessa temporada?

Kripke: Parte disso é a mitologia atual, então eu não quero falar muito sobre isso, mas sim, basicamente posso dizer que os anjos, Lúcifer e os demônios estão apenas começando o Apocalipse, já há muito descrito na Bíblia. É a guerra pela qual todos esperaram por milhares de anos. Infelizmente, a humanidade ficou no meio disso. Nossos heróis não concordam com isso. A resposta deles é: ‘Você quer guerra? Escolha outro planeta. Esse aqui é nosso, se mandem daqui’.

Tv Guide: Qual a linha de tempo?

Kripke: Nós começamos do season finale, onde deixamos os meninos na capela, com o portal se abrindo e Lúcifer ressurgindo. Nós mostramos os segundos seguintes a isso e continuaremos a história daí.

TV Guide: Então eles escapam e ...
Kripke: Não, ambos morrem e nós continuamos a série com James Van Der Beek.

TV Guide: Já estou ouvindo os fãs gritando. Certo, como foram as manifestações em relação ao retorno de Lúcifer?

Kripke: Nós estamos tentando cumprir nossa promessa – com Lúcifer, vem o Apocalipse. A versão Supernatural do Apocalipse. O público não está ciente disso. Eles não saíram correndo e gritando pra rua. Seria difícil manter isso durante uma temporada. Nossa versão do Apocalipse inclui coisas como furacões aparecendo do nada na costa dos EUA, gripe suína e a Coréia do Norte fabricando armas nucleares (risos). Nós estamos tentando fazer do jeito de sempre: que isso pode estar acontecendo do seu lado e você nem se dá conta. Pelo menos os primeiros dias do Apocalipse.

TV Guide: O primeiro episódio é chamado “Sympathy for the Devil” (Compaixão pelo Diabo). É uma dica?

Kripke: Uma de nossas metas é representar Lúcifer (interpretado por Mark Pellegrino, também conhecido como Jacob, de Lost) de um jeito que ele é raramente visto na TV. Ele é esse anjo ferido que se sente muito traído por Deus e seus companheiros anjos. Nós o estamos escrevendo como vulnerável e quase com meiguice. Isso é muito bundão da nossa parte, mas estamos muito inspirados em Paradise Lost (um poema do século 17). Aquele idéia do diabo humano que tem momentos de dúvida e emoções como as nossas. É uma chance de ver um Lúcifer muito interessante.

TV Guide: Anjos e Demônios tomam corpos humanos variados para se esconderem. E Lúcifer?

Kripke: Lúcifer é um anjo e como qualquer anjo, ele precisa de um receptor. Ele também vai precisar sair por aí como um humano. Um bem bonitão. Comparado a Zacarias e o resto dos anjos no programa, ele é, de longe, o mais gentil e o que tem a fala mais mansa. Em seu próprio jeito esquisito, ele é um mais bondoso de todos os anjos.

TV Guide: Quais os papéis de Sam e Dean aí? Eles ainda esperam alguma coisa do Dean?

Kripke: Dean ainda tem aquele status de escolhido entre os anjos. Eles esperam que ele vença Lúcifer. Muito do que isso significa será revelado no primeiro episódio. Mas isso não quer dizer que ele goste ou confie nos anjos e não está muito a fim de seguir o plano deles.

TV Guide: Na última vez que vimos Sam, ele estava claramente com o coração partido pela culpa de ter, sem querer, libertado Lúcifer. Como ele vai superar isso?

Kripke: Sam está numa situação difícil. Ele está muito arrependido. Como você supera ter sido o cara que condenou o mundo, e ter feito isso por orgulho, egoísmo e ter sido seduzido e enganado e todas as coisas horríveis que resultaram disso. Ele tem muito o que consertar e ele está numa jornada de redenção. Nós estamos contando a história dele com as metáforas de um ex-viciado novinho em folha. Ele está abrindo mão do sangue de demônio; ele está abrindo mão de todo o lado negro e com isso vêm tentações horríveis. E, enquanto isso, sua família está brava com você e eles não confiam em você. O arco emocional do Sam nesta temporada está tentando ficar limpo de novo e ele tem muito o que fazer até ganhar novamente a confiança de Dean.

TV Guide: Todo mundo sabe que seus fãs ficam tristes quando Sam e Dean brigam. Por que você continua torturando eles?

Kripke: (Risos) Nós devemos aos fãs retratar uma relação honesta, e nós não estaríamos sendo honestos, tendo acontecido tudo o que aconteceu no final da 4ª temporada, se eles simplesmente dissessem: “Ta tudo bem, vamos superar isso”. A nossa intenção é de aproximá-los novamente. Sempre é. Eu sempre disse que era um programa sobre a força da família. Mas eles precisam recriar a sua relação e voltar juntos, mais velhos, mais tristes, mais sábios mas, mais importante, mais fortes.

TV Guide: A noiva morta de Sam, Jéssica (interpretada por Adrianne Palecki), aparece.

Kripke: Sim, no episódio 3.

TV Guide: O que você pode nos dizer sobre isso?

Kripke: Eu vou ficar quieto sobre isso, mas ela volta como Jéssica.

TV Guide: Nós ouvimos que o Demônio Meg (agora interpretado por Rachel Miner) volta na estréia. Por que ela volta? Quais as intenções dela?

Kripke: Não são boas. Eu sempre me perguntava o que ela andava fazendo. Eu ficava perguntando pros roteiristas “Cadê a Meg? O que ela está fazendo? Ela é um demônio. E ela tem uma grande vantagem sobre os garotos. Eles têm história. Ela seria uma adversária formidável. Cadê ela?”. Finalmente, eu me cansei e acabei incluindo ela no meu próprio script. É carnaval pra Meg e pros demônios iguais a ela. Seu senhor e salvador demoníaco voltou, então é hora deles festejarem. Até onde eles sabem, a única ameaça é o Dean, então nós engrenamos a tensão de novo nessa temporada. Provavelmente todo demônio no inferno e na Terra quer pegar Dean Winchester porque ele é basicamente o único que pode destruir o pai deles.

TV Guide: Bobby é o único aliado deles ou outros ajudarão durante a temporada?

Kripke: Quando nós voltamos com o começo da temporada, Castiel está morto, destruído pelo Arcanjo. Então, há alguns momentos em que nos perguntamos se eles terão a ajuda do anjo-amigo Cas. Sempre existem aliados, algumas vezes nos lugares mais improváveis. Mas é sempre a idéia desse grupo suado e assustado contra forças mais poderosas que eles, é aí que está o coração de Supernatural. Naquela idéia de faroeste, de que você tem o exército todo lá fora e você está do lado de dentro, então tem que sair atirando.

Muito boa essa série...

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